quarta-feira, 14 de abril de 2010

justificativa

Eu sempre acreditei que a Revolução estava ali, à espreita, na próxima esquina, esperando apenas que a reconhecessemos ao passar para que ela pudesse cumprir seu destino de mudar o mundo.
Os anos passaram e agora vejo que ela - a Revolução - se mudou para o alto do Kilimanjaro ermitã em posição de lótus, esperando pelas revelações de Sidarta.
Para mim, hoje, o capitalismo é como um vírus, não tem remédio específico. Ele precisa completar seu ciclo, até matar-se.
Mas, como todo bom vírus, um remedinho pra dor e febre sempre ajuda. E faz com que o mal se desfaça mais rápido.
No caso em questão o mais eficaz dos remédios é dar voz e oportunidades iguais para todos.
É EDUCAÇÃO!!!!!!
E foi para isso que esse espaço está sendo criado: para estudar, discutir, debater, repartir, compartilhar.
Para aprimoramento de práticas, para análise de métodos.
Pelo prazer em trabalhar nessas inúmeras salas de aula Brasil afora.
Conto com todos.


"Todos juntos somos fortes,
somos flechas e somos arcos.
Todos nós, no mesmo barco
não há nada a temer.
Ao meu lado há um amigo
que é preciso proteger"
Chico -eutamo- Buarque

4 comentários:

  1. Bom, Chico, como sempre está certo, juntos não há o que temer, então sempre estou do lado de quem propõe arregaçar as mangas e dar as mãos para pensar melhor, trabalhar melhor, debater, discordar... Então estou aqui!

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  2. "No princípio era o verbo"
    Já que é pra começar do começo (realmente é uma ótima ideia!) Vamos lá:
    1º dia de aula, uma turma de 1ºano de escolaridade - média de 6 anos - 30 alunos. E aí?
    Nossa realidade em escola pública e nossa experiência já nos disse que grande parte dos alunos chegam a escola com pouquissimo contato com a língua escrita, ou seja, apesar de estarem inseridas neste mundo que usa a escrita o tempo todo, não participam de práticas onde as mesmas são valorizadas. E como também sabemos que só participando de práticas sociais de escrita, através da reflexão sobre as mesmas é que poderemos compreender seu funcionamento, a 1ªcoisa que a escola precisa garantir é esse acesso. Isso não significa que estamos tomando o papel da família, ninguém pode fazer isso, a criança que nunca teve seu sono embalado pela voz da sua mãe lendo pra ela um livro, não vai recuperar isso na escola, não tem jeito, mas o prazer de ler e a curiosidade podem ser estimulados na escola sim, afinal nosso papel principal sempre foi esse, inserir o aluno no mundo alfabetizado, o que hoje sabemos e há 40 anos não sabíamos, é que isso se dá muito antes de entrar na escola (ler Alfabetização e Linguística de Carlos Cagliari e Passado e Presente dos verbos ler e escrever de Emília Ferreiro).

    Volto daqui a pouco para falar de AMBIENTE ALFABETIZADOR e DIAGNOSE INICIAL

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  3. zedinha sou eu mesma, Amanda Guerra, é que errei e entrei com outro perfil, OK?

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