terça-feira, 23 de novembro de 2010

Leitura compartilhada

Uma das minhas atividades permanentes preferidas em sala de aula é a leitura compartilhada. Ver aqueles rostinhos boquiabertos, espantados a cada mudança de entonação é uma delícia!
Além, é claro, de ser uma atividade essencial na formação do leitor. Uma oportunidade única e uma prática social real. Afinal, todo mundo lê - ou deveria.
Nesse momento - recheado de afeto e 'ludicidade' - as crianças entram em contato com v´rios tipos de texto e suas estruturas. Além de elaborar sua fala, raciocínio, estrutura frasal, diferentes entonações para diferentes 'pontuações'.
Desenvolvem, ainda, concentração, imaginação, pensamento lógico.
A maneira como o professor faz essa leitura, no entanto, é a chave para garantir todos esses ganhos. Uma atitude entusiasmada garante uma audiência compenetrada, curiosa.
Minha amiga Amanda me ensinou que esse momento, apesar de pedagógico, é todo prazer, e deve vir logo no início da aula, depois das rotinas, como chamadinha e agenda do dia. E que não se deve forçar a 'interpretação' oral do que foi lido. As crianças devem falar sim, mas com a emoção.
Pra finalizar, deve-se garantir a diversidade de textos correntes na nossas práticas sociais corriqueiras (ufa! me embolei aqui rsrsrs). Então, plenejemos !

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Hipóteses da escrita

Estudar as hipóteses da escrita
Antes de continuar, gostaria de deixar claro o quanto teoria e prática se fundem e complementam: na última postagem, quando falei de teorias tradicionais sobre alfabetização, mostrei como elas se refletem na prática; e o quanto uma prática baseada na teoria construtivista necessita de um estudo teórico sobre os conhecimentos doa alunos. É impossível desvencilhar uma da outra, a melhor intenção didática cai no vazio se não estiver baseado em uma teoria consistente. É o que faz com que, como disse anteriormente, professores que acreditam na capacidade construtiva dos seus alunos, acabam por dar as suas aulas o mesmo formato daqueles que os vêem como uma “tabula rasa”.
Dito isto, mãos a obra:
Emília Ferreiro e Ana Teberosky estabeleceram, a partir de vasta pesquisa, 4 hipóteses no caminho da construção da escrita alfabética. Inicialmente a pesquisa foi realizada com crianças na fase pré-escolar e primeiros anos de escolaridade, mas depois realizaram pesquisas também com adultos analfabetos e concluíram que as hipóteses são as mesmas, é claro, resguardando diferenças em relação ao contato que um adulto tem com a escrita, mesmo que ainda não leia ou escreva convencionalmente. Toda esta pesquisa pode ser encontrada na “Psicogênese da Língua escrita” mas também está bem clara em livros menos densos, para uma primeira leitura indico: “A escrita infantil” – Maria da Gloria Seber, “Construtivismo – de Piaget a Emilia Ferreiro” – Maria da Graça Azenha.
Vou resumir em linhas gerais as características das 4 hipóteses:
• Pré-silábica: quando o aluno não faz em sua escrita a correspondência entre o que se fala e o que se escreve. Pode usar garatujas, pseudo-letras, desenhos, ou letras de forma aleatória. Ex. ao solicitar que o aluno escreva a palavra camiseta ele poderá escrever assim: qwoiplaksuinwshjk . Não realizando nenhuma correspondência e ao pedir que leia (interprete sua escrita) ele fará de forma global, ou seja, sem marcar as sílabas.
Estudar as hipóteses da escrita
Antes de continuar, gostaria de deixar claro o quanto teoria e prática se fundem e complementam: na última postagem, quando falei de teorias tradicionais sobre alfabetização, mostrei como elas se refletem na prática; e o quanto uma prática baseada na teoria construtivista necessita de um estudo teórico sobre os conhecimentos doa alunos. É impossível desvencilhar uma da outra, a melhor intenção didática cai no vazio se não estiver baseado em uma teoria consistente. É o que faz com que, como disse anteriormente, professores que acreditam na capacidade construtiva dos seus alunos, acabam por dar as suas aulas o mesmo formato daqueles que os vêem como uma “tabula rasa”.
Dito isto, mãos a obra:
Emília Ferreiro e Ana Teberosky estabeleceram, a partir de vasta pesquisa, 4 hipóteses no caminho da construção da escrita alfabética. Inicialmente a pesquisa foi realizada com crianças na fase pré-escolar e primeiros anos de escolaridade, mas depois realizaram pesquisas também com adultos analfabetos e concluíram que as hipóteses são as mesmas, é claro, resguardando diferenças em relação ao contato que um adulto tem com a escrita, mesmo que ainda não leia ou escreva convencionalmente. Toda esta pesquisa pode ser encontrada na “Psicogênese da Língua escrita” mas também está bem clara em livros menos densos, para uma primeira leitura indico: “A escrita infantil” – Maria da Gloria Seber, “Construtivismo – de Piaget a Emilia Ferreiro” – Maria da Graça Azenha.
Vou resumir em linhas gerais as características das 4 hipóteses:
• Pré-silábica: quando o aluno não faz em sua escrita a correspondência entre o que se fala e o que se escreve. Pode usar garatujas, pseudo-letras, desenhos, ou letras de forma aleatória. Ex. ao solicitar que o aluno escreva a palavra camiseta ele poderá escrever assim: qwoiplaksuinwshjk . Não realizando nenhuma correspondência e ao pedir que leia (interprete sua escrita) ele fará de forma global, ou seja, sem marcar as sílabas.
Volto falando das outras hipóteses ainda hoje!
Amanda Guerra

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Diagnose inicial

Diagnose inicial
Em metodologias que tradicionalmente trabalham e compreendem a alfabetização, essa discussão sobre diagnose inicial não faria sentido, explico: tradicionalmente a alfabetização é tratada de forma a considerar que o professor detém o saber e o aluno receberá deste professor pois não tem nenhum saber sobre o assunto trabalhado, é o que ficou conhecido como a teoria da “tabula rasa”, onde o aluno é uma página em branco, um receptáculo vazio onde o professor vai enchê-lo com seu conhecimento, um uma página em branco esperando ser impresso.
Devido a essa ideia, os alfabetizadores tradicionais, não tem dúvidas sobre como começar suas aulas, porque o começo fica muito claro, assim como o fim: começa-se pelas vogais, encontros vocálicos, consoantes uma de cada vez, e no final, as chamadas dificuldades ortográficas (que na verdade não são dificuldades nenhuma!)
Por não pararmos para refletir sobre teoria, muitos alfabetizadores que vêem nos seus alunos muitos conhecimentos, acabam utilizando a mesma estrutura didática do que aqueles que compartilham a teoria da tabula rasa.
Assim como para aqueles que tradicionalmente encaram a alfabetização não é necessário realizar diagnose inicial, pois não se acredita que o aluno saiba algo sobre a alfabetização antes de ser ensinado, para aqueles que encaram a alfabetização dentro dos pressupostos do CONSTRUTIVISMO realizar diagnose é imprescindível.
Saber o que o aluno sabe e pensa sobre a escrita é o primeiro passo, o grande começo desta estrada, deste caminho das letras.
Amanda Guerra

terça-feira, 20 de abril de 2010

Projeto para trabalhar nomes

Conteúdo
Leitura e escrita de nomes próprios

Ano
Educação Infantil, 1º e 2º anos

Tempo estimado
Um mês

Introdução
Por que trabalhar com os nomes próprios? As crianças que estão se alfabetizando podem e devem aprender muitas coisas a partir de um trabalho intencional com os nomes próprios da classe.

Objetivos
Estas atividades permitem aos alunos as seguintes aprendizagens:
· Diferenciar letras e desenhos;
· Diferenciar letras e números;
· Diferenciar letras, umas das outras;
· A quantidade de letras usadas para escrever cada nome;
· Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc;
· Orientação da escrita: da esquerda para a direita;
· Que se escreve para resolver alguns problemas práticos;
· O nome das letras;
· Um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala);
· Habilidades grafo-motoras;
· Uma fonte de consulta para escrever outras palavras.

O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, mesmo o aluno com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado. As atividades com os nomes próprios devem ser seqüenciadas para que possibilitem as aprendizagens mencionadas acima. Uma proposta significativa de alfabetização, aquela que visa formar leitores e escritores, e não mero decifradores do sistema, não pode pensar em atividades para nível 1, nível 2, nível 3...

É preciso considerar:
· Os conhecimentos prévios dos alunos.
· O grau de habilidade no uso do sistema alfabético.
· As características concretas do grupo.
· As diferenças individuais.

Seqüência de atividades
1. Selecione situações em que se faz necessário escrever e ler nomes. Alguns exemplos: Escrever o nome de colegas para identificar papéis, cadernos, desenhos (pedir que os alunos distribuam tentando ler os nomes). Lista de chamada da classe. Ler cartões com nomes para saber em que lugar cada um deve sentar; para saber, quem são os ajudantes do dia, etc.
2. Peça a leitura e interpretação de nomes escritos.
3. Prepare oralmente a escrita: discuta com as crianças, se necessário, qual o nome a ser escrito dependendo da situação. Se for para identificar material do aluno, use etiquetas; para lista de chamada use papel sulfite ou papel craft.
4. Seja bem claro nas recomendações: explicite o que deverá ser escrito, onde fazê-lo e como, que tipo de letra usar, etc
5. Peça a escrita dos nomes: com e sem modelo.
Objetivos

Ao final das atividades, o aluno deve:
Reconhecer as situações onde faz sentido utilizar nomes próprios: para etiquetar materiais, identificar pertences, registrar a presença em sala de aula (chamada), organizar listas de trabalho e brincadeiras, etc.
Identificar a escrita do próprio nome.
Escrever com e sem modelo o próprio nome.
Ampliar o repertório de conhecimento de letras.
Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma.
Utilizar o conhecimento sobre o próprio nome e o alheio para resolver outros problemas de escrita, tais como: quantas letras usar, quais letras, ordem da letras etc e interpretação de escritas.

Recursos didáticos
· Folhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos
· Etiquetas de cartolina de 10cm x 6cm (para os crachás)
· Folhas de papel craft, cartolina ou sulfite A3

Organização da sala
Cada tipo de atividade exige uma determinada organização:
Atividades de identificação das situações de uso dos nomes: trabalho com a sala toda.
Identificação do próprio nome: individual.
Identificação de outros nomes: sala toda ou pequenos grupos.

Desenvolvimento da atividade
Identificação de situações onde se faz necessário escrever e ler nomes. Aproveite todas as situações para problematizar a necessidade de escrever nomes.

Situação 1- Recolhendo material. Questione os alunos como se pode fazer para que se saiba a quem pertence cada material. Ouça as sugestões. Distribua etiquetas para os alunos e peça que cada um escreva seu nome na sua presença. Chame atenção para as letras usadas, a direção da escrita, a quantidade de letras, etc.

Situação 2 - Construindo um crachá Questione os alunos como os professores podem fazer para saber o nome de todos os alunos nos primeiros dias de aula. Ajude-os a concluir sobre a função do uso de crachás. Distribua cartões com a escrita do nome de cada um que deverá ser copiado nos crachás. Priorize neste momento a escrita com a letra de imprensa maiúscula (mais fácil de reprodução pelo aluno). Solicite o uso do crachá diariamente.

Situação 3 - Fazendo a chamada Lance para a classe o problema: como podemos fazer para não esquecer quem falta na aula?

Observações: todas essas situações e outras têm como objetivo que os alunos recorram à escrita dos nomes como solução para problemas práticos do cotidiano.

Identificação do próprio nome
Dê para cada aluno um cartão com o nome do aluno.
· Apresente uma lista com todos os nomes da classe. Escreva todos os nomes com letra de imprensa maiúscula. Nesse tipo de escrita, é mais fácil para o aluno identificar os limites da letra, o que também deixa a grafia menos complicada.
· Peça que localizem na lista da sala o próprio nome. O cartaz com essa lista pode ser grande e ser fixado em local visível.
· Peça para cada um montar o próprio nome, usando letras móveis (que podem ser adquiridas ou confeccionadas).
· Inicialmente realize esta atividade a partir de um modelo (crachá com o nome) e depois sem modelo, usando o modelo para conferir a escrita produzida. Identificação de outros nomes da classe
Apresente uma lista com os nomes das crianças da classe.

Cada aluno poderá receber uma lista impressa ou colocar na classe uma lista grande confeccionada em papel craft. Você poderá, também, usar as duas listas: as individuais e a coletiva.

Atividade 1- Ditado - Dite um nome da lista. Cada aluno deverá encontrá-lo na lista que tem em mãos e circulá-lo. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquele nome na lousa. Peça aos alunos que confiram se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível a todos é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo.

Atividade 2 - Fazendo a chamada - Entregue a lista de chamada dos alunos da sala. Peça que as crianças digam os nomes dos alunos ausentes e que circulem esses nomes. Siga as mesmas orientações da atividade 1, no tocante às ajudas necessárias para a realização da tarefa.

Atividade 3 - Separando nomes de meninas e meninos - Apresente a lista da chamada da classe. Peça para os alunos separarem em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos.

Observação: em todas estas atividades é importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. Este conhecimento: nomeação das letras do alfabeto é importante para ajudar o aluno a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral as crianças chegam à escola sabendo "dizer" o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado.

Avaliação
É importante observar e registrar os avanços dos alunos na aquisição do próprio nome e no reconhecimento dos outros nomes. Tratando-se de uma informação social - a escrita dos nomes -, é preciso observar se os alunos fazem uso dessa informação para escrever outras palavras. A escrita dos nomes é uma informação social, porque é uma aprendizagem não escolar. Dependendo da classe social de origem do aluno, ele já entra na escola com este conhecimento: como se escreve o próprio nome e quais as situações sociais em que se usa a escrita do nome. Para alunos que não tiveram acesso a essa informação a escola deve cumprir esse papel.
Sugerimos uma planilha de observação de nove colunas, contendo os seguintes campos:
1. Nome do aluno
2. Escreve sem modelo?
3. Usa grafias convencionais?
4. Utiliza a ordem das letras?
5. Conhece os nomes das letras?
6. Reconhece outros nomes da classe?
7. Escreve outros nomes sem modelo?
8. Utiliza as letras convencio-nais na escrita dos nomes?
9. Utiliza o conhecimento sobre os nomes para escrever outras palavras?

Observação: A partir do registro na planilha acima é possível ter uma visão das necessidades de investimento com cada aluno e também das necessidades coletivas de trabalho com a classe.

Atividades complementares
· Pesquisa sobre a origem do nome (pesquisa com os familiares)
· Análise de fotos antigas e atuais da criança.
· Montagem de uma linha do tempo do aluno a partir das fotos trazidas.

Retirado do site da Revista Nova escola

Vamos lá: Por que alfabeto sem desenho e lista de alunos no 1º dia se a turma muda tanto?
Alfabeto: O principal objetivo quando propomos atividades em que e aluno precisa resolver com quantas e quais letras usar para escever, é refletir sobre o sistema alfabético que se baseia na relação grafema/fonema. O uso sistemático da visualização das letras relacionando-as com palavras de escrita estável, faz com que o aluno construa, pouco a pouco, essa relação. Relacionar às letras desenhos, pode parecer facilitar, mas na maioria das vezes atrapalha, porque o aluno passa a identificar a letra com a figura e não com o som que representa. O ideal é construir com os alunos alfabetários temáticos (brinquedos, animais, objetos de uso escolar)com os nomes das coisas e não com as figuras, depois de, é claro, trabalhar esses nomes de diferentes maneiras, através de listas, jogos, textos diversos... Aumentando assim o repertório de palavras estáveis.
E em falar de palavra estável: é aquela que o aluno tem certeza que se retiramos uma letra, trocar de posição, invertê-la, deixa de significar o que ele gostaria, geralmente a primeira palavra estável no universo infantil é o seu nome. Muito cedo, mesmo crianças com poucas possibilidades de acesso efetivo ao mundo letrado, apresentam curiosidade em relação a escrita do seu nome, e já relacionam a letra inicial como sendo do seu nome e chegam até a se espantar quando descobrem que a sua letra pode também ser a letra de outro nome; por isso a importância de ter a lista logo no 1º dia, mesmo que seja provisória, mesmo que tenhamos que refazê-la. É importante também garantirmos, através de atividades interessantes e lúdicas, que o aluno conheça, o quanto antes a escrita do seu nome e dos demais colegas.
Volto depois falando de Leitura compartilhada, diagnose inicial e rotina semanal, Beijos...
Amanda, resolvi tirar seus ótimos textos dos comentários e postá-los, para facilitar a visualização e o debate:

Fabianne, saber por onde começa você já sabe: Pelo começo ,ora bolas!
Muito do que eu iria falar de ambiente alfabetizador, você já disse e citando Ferreiro então, sobra pouco pra dizer; posso só acrescentar algumas questões práticas e um tema para reflexão:
não é segredo que baseio a minha prática em sala de aula no construtivismo de Piaget, na Psicogênse de Ferreiro e Teberosky e no sócio interacionismo, portanto as questões práticas que estarei expondo aqui, dizem respeito as práticas adotadas sob a luz dos pressupostos acima citados, pode parecer bl´, blá, blá, mas se mudam os pressupostos, mudam as práticas e por razões óbvias, o que é essencial deixa de fazer sentido. Dito isso: 1º dia de aula com aquela turma de primeiro ano, imprescindível que já esteja na sala, albabeto na parede (sem fihuras e depois explico porque), lista dos nomes dos alunos, uma atividade de leitura diagnóstica, letras móveis para que eles possam escrever- brincando sem medo, um texto para ler e uma atividade para trabalhar os nomes dos alunos com a turma.
Mais do que um ambiente alfabbetizador, é preciso ter uma postura alfabetizadora, e pra isso é necessário: conhecer a fundo aquilo que os alunos sabem e pensam sobre os conteúdos trabalhados, respeitá-los e intervir a partir daí. Em outro momento venho falando da rotina e explico melhor os itens que citei aqui

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Começando... do começo!


Para que o trabalho de um ano inteiro, fruto de muito estudo, pesquisa e dedicação do professor flua melhor é necessário que o espaço dedicado a ele - a sala de aula - seja organizado de maneira a ser um facilitador da aprendizagem.
Por isso a importância de se criar o tal do AMBIENTE ALFABETIZADOR
"Criar um ambiente alfabetizador significa organizar a sala de aula de maneira que cada parte ofereça materiais que favoreçam a aquisição de conhecimentos." Emília Ferreiro
Este ambiente deve oferecer um conjunto de situações de uso real da leitura e escrita em que as crianças têm oportunidade de participar e pensar sobre a linguagem e seus usos, através da interação e do uso que o adulto dá a elas.
Preparar regras de jogos, convites para a reunião de pais, cartas aos alunos faltosos. Tudo isso se constitui em 'ambiente alfabetizador', quando as crianças têm a oportunidade de ver a língua em seu mais pleno uso e pode participar dele, refletindo nas particularidades de cada situação.
Não é portanto etiquetas em móveis, paredes cobertas de textos e alfabetos pura e simplesmente, mas, acima de tudo, a chance que têm de presenciar e refletir sobre os diversos usos da linguagem com a guia e na observação de um parceiro mais 'experiente' no uso da mesma, que levante questões relevantes e desafiadoras neste processo - o professor.